“Um dos desafios mais significativos em termos administrativos e econômicos que os países enfrentam são os Crimes Fiscais. Embora muitas pessoas os associem principalmente a Esquemas de Pirâmide e inadimplência, a verdade é que essas práticas possuem uma variedade muito maior.
Esses delitos podem envolver uma série de atividades, incluindo fraudes, evasão fiscal, lavagem de dinheiro, corrupção e outras formas de conduta ilegal. Tanto pessoas quanto organizações podem estar envolvidas nesses crimes, que muitas vezes são complexos e difíceis de serem desvendados.
Embora os Crimes Fiscais existam há muito tempo, foi após a II Guerra Mundial, com os avanços tecnológicos, que eles se tornaram mais frequentes e sofisticados.
Mas como exatamente se investiga um crime fiscal? Quais métodos são utilizados para combater essas ações fraudulentas? Descubra mais em nosso artigo e aprenda como agir diante das fraudes financeiras!
1. Os impactos das fraudes
As fraudes financeiras são erroneamente vistas por algumas pessoas como uma forma de “vingança” contra bancos e mercados. No entanto, os prejuízos causados por essas práticas para a União e os estados são enormes. A evasão fiscal e a corrupção reduzem a arrecadação de impostos que poderiam ser investidos em serviços públicos essenciais.
Além disso, os crimes financeiros prejudicam as economias nacionais e as bolsas de valores, uma vez que os recursos desviados são transferidos para paraísos fiscais, dificultando sua recuperação.
Setores empresariais também são afetados, levando a estagnação e, em muitos casos, a demissões em grande escala.
2. Investigação e análise de dados
Quando surgem suspeitas de crime fiscal, seja por falta de documentação, inconsistências nos dados ou denúncias, a primeira etapa é a coleta de informações relevantes e a auditoria dos dados disponíveis. Promotores e investigadores solicitam a revisão de documentos contábeis, quebra de sigilo bancário e verificação de registros fiscais.
A tecnologia desempenha um papel fundamental nesse processo, já que técnicas como mineração de dados e acesso a sistemas são utilizadas para identificar transações e atividades suspeitas.
3. Rastreamento de fluxos financeiros
A próxima etapa envolve o rastreamento de fluxos de dinheiro, identificação de ativos adquiridos pelos suspeitos e análise de redes de relacionamento. Transações em bancos internacionais e viagens frequentes são geralmente consideradas como indicadores de possíveis atividades ilícitas.
4. Monitoramento de dados
Durante as investigações, o monitoramento de dados é essencial. Isso pode incluir vigilância eletrônica e, com autorização judicial, interceptação de comunicações por telefone e e-mail, além da colaboração com autoridades policiais internacionais.
5. Entrevistas e depoimentos
A oitiva de testemunhas e suspeitos é crucial para as investigações. Investigadores buscam informações detalhadas com funcionários, executivos, contadores e outros envolvidos, a fim de obter esclarecimentos sobre questões fiscais e financeiras relacionadas aos acusados.
6. Cooperação interinstitucional e internacional
Crimes fiscais muitas vezes ultrapassam fronteiras, com criminosos recorrendo a contas em paraísos fiscais para ocultar suas atividades ilegais. A colaboração internacional com agências investigativas de outros países é essencial para evitar que os acusados escapem da justiça ou sejam detidos em locais seguros.
Ao final, ações concertadas e eficientes são necessárias para combater e prevenir os Crimes Fiscais, garantindo a integridade dos sistemas financeiros e a proteção dos interesses públicos e privados.”