O ano novo traz uma inovação significativa para pagamentos no Brasil: o Pix automático. Essa nova medida está agendada para iniciar em outubro e simplificará os pagamentos recorrentes.
Em 2023, o Pix se consolidou como a forma de pagamento preferida pelos brasileiros. O Banco Central (BC) anunciou que, em 2024, será viável efetuar pagamentos automáticos por meio do Pix, como mensalidades escolares ou contas de luz. Confira mais detalhes abaixo.
Como será implementado o Pix automático?
Com o Pix automático, as empresas não precisarão firmar contratos com cada banco. Basta estabelecer um acordo com um banco que ofereça o serviço para empresas. Isso possibilitará que as empresas disponibilizem o pagamento automático via Pix para todos, independentemente do banco em que possuem conta.
Adicionalmente, o Pix automático estará acessível a todos os usuários do Pix, facilitando a inclusão de instituições de menor porte no mercado. Para pessoas físicas, não haverá tarifas no Pix automático. Para empresas que oferecem o serviço, a tarifa será acordada livremente entre o banco e a instituição financeira.
Testes e regulamentos
O Banco Central comunicou que os sistemas do Pix automático serão desenvolvidos de janeiro a agosto de 2024. Entre agosto e setembro, serão realizados testes da ferramenta, com previsão de lançamento em outubro.
Além disso, o BC alertou que os participantes que não passarem nos testes e não disponibilizarem o Pix automático até o lançamento, em 28 de outubro de 2024, serão multados por atraso na oferta.
A seguir, confira algumas normas do Pix automático:
– Estabelecimento de etapas para autorização prévia.
– Diretrizes para o cancelamento da autorização.
– Regras para rejeição e liquidação da transação.
– Funcionalidades para o usuário pagador e recebedor.
– Diretrizes de devolução e responsabilidade em caso de erro.
– Limite diário para transações, e outros.
O sucesso do Pix
Como amplamente conhecido, o Pix se tornou extremamente popular entre os brasileiros. No ano passado, registrou mais de 24 bilhões de transações, superando o uso combinado de cartão de débito, boleto, TED, DOC e cheques.
Hoje, é desafiador encontrar alguém que se lembre da vida antes do Pix, que foi lançado há apenas três anos. Atualmente, quase todos utilizam o Pix para efetuar pagamentos e transferências de dinheiro de forma ágil. A ferramenta já está tão incorporada ao cotidiano que muitas pessoas mal se recordam de como era viver sem ela, como ressalta Gustavo Igreja, jornalista e servidor do Banco Central.
Com uma movimentação média de R$ 27,5 milhões por dia, o Pix se estabeleceu como o método de pagamento mais popular no Brasil. Rogério Antônio Lucca, chefe do departamento de operações bancárias e de sistema de pagamentos do Banco Central, destaca a eficiência do trabalho contínuo para manter o sistema operacional 24 horas por dia, sete dias por semana, com manutenção e atualizações constantes.
Pix agendado recorrente
É importante lembrar que a partir de outubro de 2024, será obrigatório utilizar o Pix agendado recorrente, outra modalidade do Pix. Esse tipo de Pix, assemelhado a uma transferência, permitirá pagamentos entre pessoas físicas. Ao contrário do Pix Automático, que se restringe a transações com pessoas jurídicas que possuem CNPJs ativos.
O Pix agendado recorrente poderá ser aplicado em diversas situações, como mesadas, doações, aluguel entre pessoas físicas e pagamentos recorrentes por serviços prestados por pessoas físicas, como diaristas, terapeutas, educadores físicos, entre outros.
O Banco Central informa que alguns bancos já oferecem essa alternativa aos clientes, mas a partir de outubro de 2024, a disponibilidade do Pix agendado recorrente será obrigatória.
